Embora muitas pessoas não se deem conta, há uma resposta imediata do coração quando estão estressadas. Isso se deve ao fato de haver conexões entre o cérebro emocional, os órgãos abdominais, glândulas e o coração. Estudos científicos relacionam o excesso de cortisol, conhecido como hormônio do stress, com mortes causadas por infarto do miocárdio, pressão alta e derrame.
O stress agudo, aquele que a gente percebe quando algo inesperado acontece e pode colocar nossa vida em risco, nos propicia reação de luta ou fuga, fundamental para nossa sobrevivência. Este é um tipo de resposta automática que nos protege a vida. As reações fisiológicas envolvidas são conhecidas de todos: respiração ofegante, batedeira no coração e transpiração excessiva. Isso prepara nossa fisiologia para defendermos imediatamente do perigo que se avista. Deve-se à liberação de adrenalina no sangue pela glândula suprarrenal.
O stress crônico é formado por pequenos eventos diários que vão se somando, como gotas de água que enchem o copo até derramar. Briga em casa, desavença com o chefe, transito agressivo, relacionamentos conturbados, medo de assalto, o salário que não cabe no mês. São exemplos de situações que demandam nossa energia, aumenta o stress e libera o cortisol.
Com excesso de adrenalina sem saber estamos armando uma bomba destruidora que a qualquer hora pode detonar na forma de diversas doenças, entre elas problemas cardiovasculares e culminar com ataque cardíaco.
Vários estudos têm sido feitos para estudar o efeito dos hormônios no nosso sistema cardiovascular. Entre eles há um publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Esse estudo avaliou o comportamento de 800 pessoas voluntárias com mais de 60 anos de idade e que já apresentavam problemas cardíacos. Desses voluntários, 22,5% morreram no intervalo de 3 anos e a quantidade de cortisol no sangue era superior ao esperado. O cortisol em pessoas que possuem histórico de doenças cardiovasculares, aumenta em até 5 vezes o risco de morte.
Mas como nos prevenir do stress?
Há várias sugestões como práticas do Yoga, meditação, exercícios físicos e alimentação natural. Mas, talvez o método mais efetivo seja realizar exercícios monitorados com biofeedback cardíaco.
Biofeedback cardíaco é uma moderna tecnologia que ajuda a pessoa a ver em tempo real como está sua situação de stress e como reduzi-lo. É composto de sensores ligados em um computador doméstico que analisa os batimentos do coração e auxilia na realização de exercícios mentais para estabilização emocional e aumento de resiliência. Simples de usar, interativo e lúdico. Um desses programas de biofeedback é o cardioEmotion Home, desenvolvido no centro de inovação da Universidade de São Paulo.
O biofeedback cardioEmotion auxilia a pessoa a se exercitar num estado de equilíbrio emocional, conhecido como coerência cardíaca, indicado na tela do computador. Nesse estado há um perfeito equilíbrio entre o coração, o cérebro emocional e o cérebro inteligente. Assim, a pessoa se torna mais resiliente e pronta para responder com mais equilíbrio a situações que desenvolvem stress e ansiedade. Clique aqui para baixar gratuitamente o e-Book “Como tornar visível o invisível: Visualizando as reações psicofisiológicas por meio de biofeedback” e saber mais sobre a coerência cardíaca e biofeedback.
Embora os agentes estressores continuem atuando no dia a dia, você se sentirá mais equilibrado, menos sujeito ao stress e a ansiedade, prevenindo uma série de doenças associadas ao excesso de cortisol, além das cardiovasculares.
Cuide bem de seu coração. Lembre-se: você só tem um.
Sobre o autor: Dr. Marco Fábio Coghi é pesquisador, químico, fisioterapeuta pós-graduado, professor convidado de diversos cursos de pós-graduação e especialização (Medicina Comportamental – UNIFESP, Terapias Manuais – UNICID, Neuropsicologia Aplicada à Reabilitação (Clínica Saúde), Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas (CRATOD), entre outros). Palestrante e conferencista internacional, autor de diversos livros digitais sobre biofeedback cardíaco e suas aplicações. Diretor Geral e Científico da NPT – Neuropsicotronics. Ex-executivo de empresas nacionais e multinacionais.